Que a Graça fortificadora de Cristo Jesus possa fortalecer a sua vida a cada dia dedicado ao Ministério.

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"Que a cada manhã haja força cada vez maior sobre a vida dos que trabalham em prol Reino de Deus".

Entendo que a vocação sacerdotal é um “Dom” sublime. A vocação e o chamado para o ministério pastoral é uma honra para aqueles a quem Deus chama e arregimenta. Quando um homem recebe do Senhor o chamado para o exercício sacerdotal, recebe um legado honroso e um trabalho divino. Quem o chamou, o preparou, e o torna capaz para o exercício do mesmo. Ele o inseriu em um propósito ainda maior. Ele cuida dessas vidas e zela pelos que verdadeiramente chamou. Alguns durante sua trajetória de vida fizeram verdadeiras proezas, e por elas se tornaram conhecidos.

Outros trabalharão durante todo o percurso de sua vida sem nenhuma popularidade, porém todos fazem parte de um propósito maior denominado reino de Deus. Durante gerações cada pastor tem desenvolvido seu ministério de acordo com os costumes de cada época. O contexto de sua geração traçou a forma de se posicionar frente a questões polemicas e delicadas. Mais que nunca, alguns foram polêmicos, talvez não por querer, mais porque sustentaram sua crença e opiniões frente a investidas de um mundo coordenado por hostes espirituais. Muitos deles morreram deixando um legado importantíssimo para as novas gerações de vocacionados.

Outros apenas cumpriram firmemente seus propósitos. Em uma trajetória de vida sacerdotal, um pastor pode gerar centenas de filhos na fé. Pode construir igrejas monumentais gerando um patrimônio expressivo para uma determinada denominação. Certamente que como sacerdote, líder e gestor, ele têm uma tarefa nobre para com Deus e sua família, sociedade e todos aqueles que estão a sua volta. Estando a frente de uma igreja, ensinará os preceitos do Senhor, falando inúmeras vezes do grande amor do Pai, de maneira que a palavra ministrada tornar- se há em um agente de transformação. Sua espiritualidade e comunhão com Deus será um referencial, de maneira que todos saberão que ele é o homem que Deus levantou para ser “a lâmpada” em meio ao seu povo. Sem desmerecer os vários aspectos e a nobreza da vocação sacerdotal, muito esforço se tem empregado para capacitar os líderes da nova geração, fortalecendo sua visão afim de que exerçam o sacerdócio com toda plenitude, afinal todos buscamos exercer um pastorado dinâmico no atual contexto.

É fato que atualmente as denominações continuam preocupadas com a expansão e o cuidado das ovelhas que fazem parte de seus rebanhos, mas crescer e ganhar almas, continuará sendo a visão da maioria das instituições, para tal, elas buscam preparar seus sacerdotes visando em primeiro lugar a propagação do evangelho. Como conseqüência, ha um crescimento continuo do número pessoas que professam a fé em Cristo a cada ano. Segundo dados do IBGE, a população que se declara evangélica dobrou no período de 10 anos. E para conduzir esse enorme rebanho que se multiplicou, também foi necessário treinar um maior numero de líderes, afim de que ingressem na vocação sacerdotal.

É mesmo ótima e louvável a visão de capacitação e motivação dos que sentem o chamado para o exercício sacerdotal, porém muito pouco se tem feito por aqueles, que desgastaram sua vida inteira no trabalho do mesmo. Gerações de pastores chegaram e tem chegado à velhice sem o necessário amparo que lhes era necessário. Estatísticas mostram que em 2030 o Brasil terá mais da metade da sua população em idade acima dos 60 anos, e a grande maioria sem o devido amparo previdenciário.
Da mesma forma a maioria dos sacerdotes “Pastores” também estarão em idade avançada, porém poucas são de fato, as instituições que estão investindo em projetos que visem amparar os sacerdotes em sua velhice. A grande maioria transfere essa responsabilidade para a igreja local, onde o pastor esta em tempo integral, porém nem sempre um pastor passa a vida inteira pastoreando uma mesma igreja, e dependendo da denominação esse ponto é delicado.
Verdade é que em algumas denominações o sacerdote tem o benefício de ser jubilado, mais são poucas que se prepararam adeqüadamente para isso, na grande maioria, é o próprio sacerdote quem precisa ter o cuidado de fazer o recolhimento previdenciário, caso deseje uma cobertura no futuro. A não ser que o pastor também exerça outra atividade em paralelo, (onde esse recolhimento é feito pela força das leis trabalhistas) o pastor precisa fazer o recolhimento como um trabalhador autônomo.

Esse tem sido um ponto polêmico entre as diversas denominações existentes, pois não se há um consenso em relação a que tipo de trabalho exerce essa categoria, ou em qual atividade se encaixaria o trabalho que os pastores realizam através dessa importante função sacerdotal.

O que se sabe, é que eles passaram a ser chamados de “Ministros de Confissão Evangélica” Porém ainda não há uma lei federal que os classifique possibilitando amparo. Para muitos pastores o ponto é polemico por diversos fatores. Um deles é o reconhecimento de que pastorado é vocação.

Segundo Hebreus 8:3 “Todo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios” na visão da grande maioria, quando um homem é chamado por Deus para exercer essa vocação, o próprio Deus é quem vai cuidar dele. Porém é bom lembrar que no passado, os sacerdotes pertencentes a tribo de Levi, apesar de não terem herança como as demais tribos, viviam sobe um princípio estabelecido entre Deus e o povo, e se esses princípios fossem adotados no contexto atual, não existiriam sacerdotes passando por privações.

A bíblia revela um Deus que estabeleceu princípios, e age através desses princípios pré-estabelecidos por Ele. Naturalmente que quando quebramos tais princípios, não alcançamos os propósitos por Ele determinados. Um princípio muito importante para que os sacerdotes alcancem bênçãos em níveis de amparo federal, é a unidade.

Talvez seja por falta desse aspecto entre eles, o ponto mais contundente, e que mais tem pesado no que diz respeito alcançar objetivos comuns. Obviamente não é só de uma pequena renda mensal que o sacerdote precisará no futuro, Ele também precisará de moradia, um bom plano de saúde e outras coisas mais que são necessárias na vida de alguém que está em idade avançada. Por falta de algumas precauções, muitos sacerdotes hoje enfrentam uma dura realidade, realidades essas, que tendem a ser mais severas fora dos grandes centros onde o atendimento a saúde é precário.

Creio que o foco principal ainda está muito voltado para as novas gerações de líderes, porém é preciso ter um olhar sobre os que estão com mais idade, e o que fazer em benefício deles.

Não adianta achar que foram tolos descuidados, pois muitas vezes, eles foram os primeiros a colocar todos os seus bens nos projetos do Reino, afim de que alguns fossem alcançados através de seus bens. Julgar esses sacerdotes seria o mesmo que dizer que Cristo o sumo sacerdote, também foi relapso, pois pelo que sabemos, até o momento da morte na cruz, o filho do homem não tinha onde reclinar sua cabeça.


Por: Pr. Paulo R. Merétika.

Postado por AMCEIBR terça-feira, 20 de julho de 2010

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