Que a Graça fortificadora de Cristo Jesus possa fortalecer a sua vida a cada dia dedicado ao Ministério.

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"Que a cada manhã haja força cada vez maior sobre a vida dos que trabalham em prol Reino de Deus".

É fato que alguns, recebem o púlpito como um legado deixado por herança. Mas também é verdade que para assumir o púlpito, e dirigir uma igreja, é preciso ter um chamado de Deus, bem como a unção do Espírito Santo.

Enquanto que para alguns pastores se aproxima o fim de uma vocação (Pois ninguém é eterno) para outros é apenas o inicio de uma vocação ministerial.

Quando se trata de um assunto que leva como tema o “legado” logo nos vem a mente a questão do momento em que passaremos o bastão. Isso pode ser um momento delicado e bastante complexo, mas real na vida de um pastor, e também na vida de uma igreja.

Verdade é que a transição ou sucessão pastoral dependera de uma escolha correta para que haja na igreja uma certa tranqüilidade, pois fatos como esses podem levar uma comunidade a passar por momentos de certas turbulências trazendo prejuízos ao Reino de Deus. Muitas foram às vezes, em que uma sucessão ministerial trouxe ao meio da comunidade, situações como magoas, rupturas e até mesmo divisões.

Evidentemente que a escolha de um líder, é um dos momentos mais tensos e delicados na vida de uma igreja, porém seja qual for o setor ou esfera que isso aconteça (empresarial, político ou instituições) é preciso fazê-lo com muito equilíbrio e sensatez, respeitando as normas e regras existentes nos estatutos e regimentos de cada uma.

Naturalmente que um fato como esse poderá mudar e determinar os rumos de uma igreja, mas é preciso entender que esse fato apesar de mudar a rotina de uma comunidade, não deve trazer prejuízo a ela, e muito menos ao Reino de Deus.

Vários fatores podem complicar o momento de uma sucessão pastoral, como por exemplo, a forma de governo de uma igreja, pois elas podem variar entre um sistema democrático (onde a assembléia da igreja decide) ou um sistema episcopal (onde um líder da pirâmide hierárquica faz a manutenção do poder) isso sem contar as outras modalidades usadas por várias denominações espalhadas por todo território brasileiro.

Além disso, há ainda alguns outros fatores importantes a serem considerados, tais como o tamanho da igreja, (visto que quanto maior, mais pastores estarão concorrendo ao pleito da sucessão) sua saúde financeira e sua posição social e geográfica.

Algumas características o candidato a sucessor terá de avaliar e enfrentar. Alguns exemplos são as comparações inevitáveis por parte de muitos na própria igreja, fato que pode gerar uma possível formação de grupos unidos por preferências partidárias, formando assim, partidos de direita e de esquerda.

Sua capacidade de gestão, visão e empreendedorismo, também serão analisadas pela cúpula ou conselho da igreja. Outro critério não menos importante, é a simpatia e a empatia entre o candidato e a congregação, pois se o pastor que esta colocando a disposição o seu cargo de líder, é uma figura carismático, querido e respeitado, obviamente o futuro pastor levará certo tempo para que conquiste o carinho e respeito de tal congregação.
Infelizmente não é assim em algumas igrejas, onde a liderança tem sido mantida a mão de ferro, de forma intimidadora e corporativista, permitindo que o cajado de uma igreja, seja um legado passado de forma hereditária de pai para filho.

Não há duvida que a idade tem sido um dos fatores que mais pesam no que diz respeito a uma sucessão pastoral, porém nem sempre esse é o fator predominante no que diz respeito a passagem do cajado a outro líder, na maioria das vezes os pastores permanecem ativos no dia-a-dia das atividades eclesiásticas, acompanhando com atenção o desenvolvimento da igreja, bem como, auxiliando na transição da mesma. É fato que um grande líder saberá preparar a igreja para esse momento de transição com sabedoria e ética, caso contrário, essa mesma transição poderá ser algo trágico e doloroso tanto para a vida da igreja como de seu ex-pastor.

Uma pergunta que fica no ar, é quando é a hora de passar o cajado? Algumas características começam ser como sintomas na vida de um líder, além do cansaço, ele sente que sua produtividade esta longe de ser aquela de outrora, e sem muita criatividade, começa a ficar cada vez mais difícil motivar sua igreja na conquista de almas. Sentindo a competência esvaindo-se junto com o vigor, o que sobra a muitos, é tentar manter a comunhão entre ele e sua igreja. Alguns revendo conceitos como esses, entenderam que era hora de parar, pois não conseguiam pensar em como continuar seguindo à frente descontextualizados com diversos fatores que são necessários na vida de um líder atuante.

Evidentemente o processo de sucessão de um líder, deve seguir certos critérios respeitando a vontade soberana de Cristo que é o cabeça da igreja, pois a sucessão é algo natural no contexto da história.
Agora, é fato que púlpito não é legado de família, onde pai impõe à igreja a condição de que o filho deva assumir o seu lugar na liderança da mesma. Muito embora o sucessor deva ser alguém de confiança do atual líder e também da igreja, quem na verdade determina a hora dessa sucessão, bem como quem será o sucessor, é o próprio Deus.

É bem verdade que em muitas igrejas a fora, ouve a sucessão de pai para filho, porém o fato é que Deus estava na direção desse processo, chamando o filho vocacionado para o ministério, e confirmando o seu chamado através de um convite formal da igreja local, que com toda a liberdade, assim o fez debaixo de uma orientação e direção do próprio Deus. Muitos filhos de pastores começam a auxiliar seus pais no processo do dia-a-dia da igreja, e conforme o tempo foi passando eles acabaram por assumir responsabilidades no ministério, porém se irão suceder seus pais na igreja local ou não, dependerá dos propósitos e desígnios de Deus.

Na verdade os ministérios hereditários não são tão incomuns, filhos que herdam a vocação profissional dos pais existem entre muitas profissões, muitos filhos de pastores se tornaram pastores, porque o pai é pastor, porém a liderança da igreja não deve ser repassada aos filhos por causa de uma relação familiar ou legado, mas por competência e vocação.



Pr. Paulo Merétika
Pastor e Fundador do Ministério AMCEIBR.

Postado por AMCEIBR quinta-feira, 8 de abril de 2010 0 comentários

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